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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Tomar Multivitamínicos ou não?

Os hábitos alimentares dos portugueses estão a mudar e uma grande parte não tem uma alimentação equilibrada. É uma situação grave de saúde pública, pois a maioria não sabe como fazer uma alimentação equilibrada e isso acarreta consequências na saúde. A toma de multivitamínicos, apesar de não substituir uma alimentação saudável, ajuda a colmatar o défice nutricional e contribuí para a melhoria da qualidade de vida.
Uma alimentação saudável deveria ser variada, com alimentos de alto valor nutricional, ricos em vitaminas e minerais. As refeições deveriam ser a horas certas e várias vezes ao dia. No entanto, as refeições dos portugueses são, normalmente, altamente calóricas, com alimentos de baixo valor nutricional, pobres em vitaminas e minerais. As refeições são feiras à pressa e com intervalos longos e irregulares.
A alimentação desequilibrada começa logo ao pequeno almoço. Algumas pessoas não tomam o pequeno almoço, uma das refeições mais importantes. A maioria da população não faz ao pequeno almoço uma refeição rica e completa. A refeição da noite, que deveria ser a mais leve, é uma das refeições mais calóricas.
A falta de informação a nível das calorias ingeridas, assim como  dos  nutrientes, principalmente as vitaminas e minerais, é um risco de saúde pública.
Os jovens, que, por estarem em crescimento e desenvolvimento, necessitariam de maior variedade nutricional,  são os que fazem mais “asneiras”. É muito vulgar petiscarem snaks muito calóricos entre as refeições, que,  inclusive são tomados durante atividades sedentárias. Também as refeições são, muitas vezes, à base de hamburgers e pizzas, que são alimentos ricos em hidratos de carbono e gorduras.
Como consequência dos maus hábitos alimentares resulta a fadiga física, a exaustão, a falta de atenção, o cansaço mental, crescimento comprometido e desregulação hormonal. Para colmatar o défice nutricional recorre-se a fórmulas vitamínicas completas e adaptadas às necessidades nutricionais para cada idade e sexo.
Portanto, a toma de suplementos vitamínicos, não sendo uma forma de substituir uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável, são o "mal menor" para colmatar o défice nutricional que se verifica em grande parte da população.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O Bom Uso do Medicamento


Os medicamentos dão bem estar, mas se não forem tomados os cuidados devidos podem causar sérios problemas. A eficácia e segurança do tratamento dependem da boa utilização dos medicamentos.
Para se fazer um bom uso dos medicamentos deve-se:
Informar o médico e o farmacêutico sobre:
  • Todos os medicamentos que está a tomar, receitados ou não.
  • Os medicamentos que tenham causado problemas.
  • Os medicamentos receitados que não tomou e qual a razão.
  • Efeitos adversos causados pelos medicamentos.
Conhecer bem os medicamentos que toma:
  • Antes de começar o tratamento ler com atenção as indicações no folheto informativo.
  • Seguir com rigor as instruções sobre a toma ou aplicação dos medicamentos.
  • Esclarecer as dúvidas com o médico ou farmacêutico.
Seguir rigorosamente o tratamento:
  • Tomar os medicamentos nas doses e nos horários recomendados. Não alterar as doses receitadas.
  • Tratar durante o tempo recomendado.
  • Tomar os medicamentos com um copo de água e nunca na posição de deitado.
  • Não beber bebidas alcoólicas durante o tratamento.
  • Pedir ao farmacêutico para escrever na caixa o modo como devem ser tomados os medicamentos (número de vezes por dia, horas das tomas, antes ou depois das refeições, etc.).
  • Os medicamento de preparação extemporânea (ex.: antibióticos para crianças) devem ser agitados antes de tomar, assim como aqueles que têm essa indicação no rótulo.
  • Em caso de viagem:
  • Levar na bagagem de mão os medicamentos a tomar quando viajar de avião.
  • Transportar por períodos curtos os medicamentos nos automóveis, as condições de armazenamento (ex.: temperatura) não são as melhores.
Separar os medicamentos destinados às crianças:
  • Às crianças dar somente os medicamentos que lhes foram receitados.
  • Não dar às crianças medicamentos para adultos, mesmo em doses reduzidas, salvo indicação médica.
Auxiliar os idosos no tratamento:
  • Nas doses e horas das tomas.
  • Nos cuidados especiais e identificação das queixas relacionadas com o tratamento, etc.
Tomar só medicamentos receitados pelo médico ou aconselhados pelo farmacêutico:
  • O mesmo sintoma não significa a mesma doença; não tomar medicamentos aconselhados por vizinhos, amigos, colegas ou familiares.
  • Grávidas, mães a amamentar ou doentes crónicos devem tomar somente os medicamentos receitados pelo médico ou aconselhados pelo farmacêutico.
Não utilizar medicamentos que sobraram:
  • De aplicação nos olhos. Depois de abertos têm validade muito curta.
  • Receitados pelo médico para outra doença anterior (ex.: antibióticos)
  • Com prazo de validade ultrapassado ou sem o prazo inscrito na embalagem.
  • Com sinais de alteração (ex.: cor, cheiro, etc.).
  • Depositar os restos dos medicamentos em contentores próprios nas farmácias, não os deitar no lixo.
Informar-se junto do médico ou farmacêutico sobre:
  • Doses, horários das tomas, duração do tratamento e que fazer se houver esquecimento de uma toma.
  • Interações com outros medicamentos, alimentos e bebidas alcoólicas.
  • Reações adversas esperadas e como as evitar.
  • Possibilidade de condução de veículos e exposição ao sol.
  • A ingestão ocasional de uma dose exagerada ou troca de medicamento.

Introdução

O bom uso dos medicamentos é fundamental para obter os melhores resultados com o mínimo de efeitos secundários. É, pois, necessário conhecer em que situações os medicamentos são usados e como usá-los.
Um conhecimento geral das principais doenças e seus sintomas é, também, fundamental, pois permite distinguir um caso simples de um outro com maior gravidade.
Mas a saúde obtém-se sobretudo com a prevenção: bons hábitos de higiene e alimentação, vacinação, evitar as drogas, o álcool e o tabaco etc.
O objectivo será expor assuntos de saúde de uma forma simples e acessível a pessoas não ligadas à área da saúde, de forma a cumprir a função que é incumbida aos farmacêuticos comunitários que é o da divulgação dos cuidados básicos de saúde.