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terça-feira, 10 de abril de 2018

Adoçante ou Açúcar? Qual o mais indicado para diabéticos?

Os Adoçantes, também designados de Edulcorantes, são substâncias utilizadas como substitutos do açúcar, que possuem um poder adoçante muito superior ao do açúcar. Para consumo no quotidiano, alguns encontram-se disponíveis sob a forma líquida, em pó ou comprimidos. Outros são usados apenas para fabrico de alimentos e bebidas dietéticos, a nível industrial. Os edulcorantes de mesa são consumidos por pessoas diabéticas, obesas e um crescente número de pessoas preocupadas com a forma física. Não são indispensáveis no tratamento da Diabetes Mellitus, mas podem facilitar a adesão dos diabéticos a uma terapêutica nutricional e no controlo do peso, fator importante do tratamento da Diabetes tipo 2. Proporcionam maior palatalidade e prazer do doce, aumentando a variedade de alimentos e a sua aceitabilidade.




Existem dois tipos de adoçante que podem ser utilizados pelos diabéticos: os adoçantes calóricos e os adoçantes não calóricos.

  • Adoçantes calóricos: Contêm calorias, mas em quantidade inferior ao açúcar.
Frutose, Polióis (Sorbitol, Manitol, Xilitol, Maltitol, Lactitol).
  • Adoçantes não calóricos: Possuem um poder adoçante muito superior ao açúcar e sem calorias.
Acessulfame de Potássio, Sacarina, Aspatame, Sucralose, Ciclamato, Neo-hesperidina di-hidrochalcona e Stevia (Esteviosídeo)

Os adoçantes só poderão ser comercializados após um longo processo de avaliação de toxicidade por instituições científicas competentes (Comité Científico da Alimentação Humana, European Food Safety Authority e o Join FAO/WHO Expert Committee on Food Additives). Após a sua aprovação é atribuído um código que permite a sua identificação no rótulo dos alimentos:

E420 - Sorbitol, E421 - Manitol, E950 - Acessulfame de Potássio, E951 - Aspartame, E952 - Ciclamato, E954 - Sacarina, E955 - Sucralose, E967 - Xilitol, E953 - Isomaltose, E959 - Neo-hesperidina di-hidrocalcona.

Na análise dos dados toxicológicos, estabelece-se o valor de ingestão diária admissível (ADI) com uma margem de segurança de 100 vezes, que é muito superior ao consumo médio.

Os edulcorantes têm a vantagem de favorecer o controlo metabólico da diabetes, proporcionando melhor qualidade de vida aos doentes diabéticos. A sua utilização deve ser regrada e associada a uma alimentação saudável. Os edulcorantes não podem ser utilizados nos produtos alimentares destinados a lactentes e crianças pequenas e são desaconselhados na gravidez.

Os edulcorantes nutritivos não apresentam vantagens significativas relativamente à sacarose. A frutose fornece as mesmas calorias, embora com reposta glicémica menor. Alguns polióis podem apresentar alguns efeitos negativos em doses elevadas. 
Já os edulcorantes não nutritivos têm a vantagem de não fornecer calorias e não afetarem a glicemia e o perfil lipídico dos doentes diabéticos. Há que ter em conta, no entanto, se os edulcorantes são totalmente seguros para uso a longo prazo. Na escolha de um produto edulcorante deve-se optar pela variedade, de modo a evitar a acumulação no organismo, pois este não metaboliza estas substâncias. Contudo, elas têm de ser eliminadas, não evitando uma sobrecarga do fígado e dos rins.


Alguns dos adoçantes não calóricos comercializados estão associados a alguns efeitos secundários tóxicos ou são contra-indicados em certas patologias, como o ciclamato, o acessulfame de potássio e a sacarina nos hipertensos e doentes renais e o aspartame nos fenilcetonúricos.
De todos os adoçantes, aquele que parece ter menos efeitos secundários e contra-indicações é a sucralose. Esta é um derivado do açúcar, 600 vezes mais doce e que não fornece calorias na dieta. Vários estudos demonstram que pode ser consumida de maneira segura pelos diabéticos, assim como por toda a família, incluindo crianças e gestantes.

A Stevia é um adoçante natural com poder adoçante 200 a 300 vezes maior que o da sacarose, sendo o único adoçante de origem vegetal produzido à escala industrial. Tem sido demonstrado ser seguro o seu uso na alimentação, havendo alguns estudos que atribuem  a esta planta efeito protetor das caries dentárias, reguladoras da pressão arterial, diuréticas e reguladoras do nível de glicemia. Não foram detetados efeitos secundários, o sabor doce não é afetado pela temperatura, podendo ser utilizada em bebidas quentes e sobremesas como substituto do açúcar. Normalmente, é comercializada em associação com outros adoçantes, que disfarçam um certo sabor amargo residual.

Características dos edulcorantes em:
http://www.saudeemedicamentos.pt/edulcorantes.html
Viver com a diabetes em:
http://www.saudeemedicamentos.pt/diabetesdiaadia.html

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