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segunda-feira, 23 de março de 2020

COVID-19 não é transmitido de grávidas para recém-nascidos

Investigadores chineses verificaram que 4 bebés de mães infectadas com a COVID-19 nascidos em Wuhan não se encontravam infectados com o vírus.
Os investigadores analisaram o caso de 4 mães que deram à luz num hospital em Wuhan, o epicentro da pandemia e verificaram que nenhum dos bebés desenvolveu sintomas associados à COVID-19, tais como febre ou tosse.
Três das quatro crianças obtiveram resultados negativos em testes de infecções respiratórias, sendo que a mãe do quarto bebé recusou os exames. Apesar de um dos bebés ter tido alguns problemas respiratórios ligeiros durante três dias, este foi tratado através de ventilação mecânica não invasiva.
Segundo Yalan Liu, um dos investigadores, foram feitos 3 partos por cesariana para evitar infecções causadas por transmissão pós e perinatal. Verificou-se que os partos por cesariana são os mais seguros, apesar de um parto vaginal ter sido realizado sem quaisquer complicações.
Liu acrescenta que em surtos anteriores de coronavírus os cientistas não encontraram casos de transmissão viral de mãe para filho. No entanto a SARS e a MERS estavam ambas associadas a doença materna crítica, aborto espontâneo ou até morte materna.
Os autores afirmaram que são necessárias mais investigações sobre outros aspetos da potencial infecção por COVID-19 em recém-nascidos e crianças. A sensibilidade do actual teste diagnóstico para a detecção do vírus é de cerca de 71%, pelo que sugerem a avaliação da sua fiabilidade em crianças.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Iogurte natural pode prevenir o cancro da mama?

Um estudo desenvolvido na Universidade de Lancaster, Inglaterra, sugere que a ingestão de iogurte natural diariamente pode proteger contra o cancro da mama devido às bactérias benéficas presentes.

Alguns estudos apontam a inflamação desencadeada por bactéria nocivas como uma das causas do cancro.
Rachel Rigby, uma das investigadoras, sugere o consumo de iogurte natural, rico em bífidos,  como uma forma barata de prevenir o cancro da mama.
As bactérias existentes no iogurte são semelhantes às encontradas nas mamas das mães que amamentam. Os investigadores sugerem que estas bactéria tem efeitos protetores pois por cada ano de amamentação o risco de cancro da mama é reduzido em 4,3%.
Também se sugere que ao consumir o iogurte natural  há substituição das bactérias nocivas por bactérias boas.

Fonte:

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Gripe

A gripe é uma doença contagiosa, causada pelo vírus influenza, de aparecimento inesperado, habitualmente durante o Inverno.
A gripe caracteriza-se por febre, arrepios, dores de cabeça e dores musculares, acentuado cansaço e tosse, sintomas que forçam o doente a ficar de cama. Embora tenha os mesmos sintomas iniciais das comuns constipações, o seu desenvolvimento posterior é bastante mais complexo.
É uma doença respiratória aguda que, nos casos não complicados e em adultos saudáveis, evoluí para a cura em cinco a sete dias. Em casos mais graves, pode provocar complicações sérias que colocam a vida do doente em risco. Além do agravamento das doenças cardiovasculares e renais, a gripe pode provocar pneumonia.
Não existe um tratamento específico. Apesar de haver medicamentos para tratar e aliviar os sintomas da gripe, o seu uso está indicado apenas quando se contraiu a gripe. A melhor solução é evitar a doença recorrendo a uma prevenção anual com a vacina que tem demonstrado ser o meio mais eficaz no controlo da gripe.
A vacinação contra a gripe sazonal tem por objectivo reduzir a probabilidade de infecção e a gravidade da doença. Todos os anos as estirpes de vírus em circulação alteram-se e, por isso, a vacina é alterada de modo a assemelhar-se às estirpes em circulação. Quando as estirpes da vacina são semelhantes às em circulação consegue-se prevenir 70 a 90% dos casos de doença.
O período de incubação da gripe é de alguns dias, por isso, se houver exposição ao vírus da gripe imediatamente antes da vacinação pode-se desenvolver a doença. A vacina não protege conta as constipações apesar de terem sintomas parecidos.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Boca seca

A Xerostomia resulta da insuficiente produção de saliva ou da sua qualidade e caracteriza-se pela sensação de boca seca.

As causas mais frequentes de xerostomia são:
- A toma de determinados medicamentos, como antidepessivos, antipsicóticos, antiepilépticos, anticolinérgicos, antieméticos,  antiparkinsónicos, anti-histamínicos, diuréticos e anti-hipertensores têm como efeito secundário frequente a boca seca. A boca seca é comum no tratamento da depressão, aniedade, dor, alergias, constipação, obesidade, acne, epilepsia, hipertensão e parkinson.
  • - Tratamentos de  radioterapia, sobretudo quando aplicados na cabeça e pescoço, que poderão afectar as glândulas salivares.
  • - O síndrome de Sjögren, uma doença que afecta as glândulas salivares e lacrimais, atinge mulheres na menopausa.
  • - Doenças auto-imunes (como artrite reumatoide, lúpus, etc.), diabetes e Parkinson.
  • - Desidratação, resultante de diarreia, vómito ou perda de sangue.
  • - Hábitos tabágicos, respirar pela boca devido a obstrução nasal.
  • - Doenças inflamatórias ou obstrutivas das glândulas salivares.

A saliva desempenha funções importantes na cavidade bucal. A diminuição da sua produção acarreta problemas diversos:
  • - Aumento da incidência de cáries e sensibilidade dentária (porque a saliva ajuda a remineralização dos dentes).
  • - Inflamação e ulceração da língua, gengivas e mucosa oral.
  • - Maior suscetibilidade a infeções (porque a saliva tem propriedades anti bacteriana, antifúngicas e anti-virais).
  • - Dificuldade em falar e tolerar próteses dentárias.
  • - Alteração no paladar, dificuldade em mastigar e engolir alimentos.
  • - Mau hálito

Produtos para a xerostomia em:

http://www.saudeemedicamentos.pt/xerostomia.html

terça-feira, 10 de abril de 2018

Adoçante ou Açúcar? Qual o mais indicado para diabéticos?

Os Adoçantes, também designados de Edulcorantes, são substâncias utilizadas como substitutos do açúcar, que possuem um poder adoçante muito superior ao do açúcar. Para consumo no quotidiano, alguns encontram-se disponíveis sob a forma líquida, em pó ou comprimidos. Outros são usados apenas para fabrico de alimentos e bebidas dietéticos, a nível industrial. Os edulcorantes de mesa são consumidos por pessoas diabéticas, obesas e um crescente número de pessoas preocupadas com a forma física. Não são indispensáveis no tratamento da Diabetes Mellitus, mas podem facilitar a adesão dos diabéticos a uma terapêutica nutricional e no controlo do peso, fator importante do tratamento da Diabetes tipo 2. Proporcionam maior palatalidade e prazer do doce, aumentando a variedade de alimentos e a sua aceitabilidade.




Existem dois tipos de adoçante que podem ser utilizados pelos diabéticos: os adoçantes calóricos e os adoçantes não calóricos.

  • Adoçantes calóricos: Contêm calorias, mas em quantidade inferior ao açúcar.
Frutose, Polióis (Sorbitol, Manitol, Xilitol, Maltitol, Lactitol).
  • Adoçantes não calóricos: Possuem um poder adoçante muito superior ao açúcar e sem calorias.
Acessulfame de Potássio, Sacarina, Aspatame, Sucralose, Ciclamato, Neo-hesperidina di-hidrochalcona e Stevia (Esteviosídeo)

Os adoçantes só poderão ser comercializados após um longo processo de avaliação de toxicidade por instituições científicas competentes (Comité Científico da Alimentação Humana, European Food Safety Authority e o Join FAO/WHO Expert Committee on Food Additives). Após a sua aprovação é atribuído um código que permite a sua identificação no rótulo dos alimentos:

E420 - Sorbitol, E421 - Manitol, E950 - Acessulfame de Potássio, E951 - Aspartame, E952 - Ciclamato, E954 - Sacarina, E955 - Sucralose, E967 - Xilitol, E953 - Isomaltose, E959 - Neo-hesperidina di-hidrocalcona.

Na análise dos dados toxicológicos, estabelece-se o valor de ingestão diária admissível (ADI) com uma margem de segurança de 100 vezes, que é muito superior ao consumo médio.

Os edulcorantes têm a vantagem de favorecer o controlo metabólico da diabetes, proporcionando melhor qualidade de vida aos doentes diabéticos. A sua utilização deve ser regrada e associada a uma alimentação saudável. Os edulcorantes não podem ser utilizados nos produtos alimentares destinados a lactentes e crianças pequenas e são desaconselhados na gravidez.

Os edulcorantes nutritivos não apresentam vantagens significativas relativamente à sacarose. A frutose fornece as mesmas calorias, embora com reposta glicémica menor. Alguns polióis podem apresentar alguns efeitos negativos em doses elevadas. 
Já os edulcorantes não nutritivos têm a vantagem de não fornecer calorias e não afetarem a glicemia e o perfil lipídico dos doentes diabéticos. Há que ter em conta, no entanto, se os edulcorantes são totalmente seguros para uso a longo prazo. Na escolha de um produto edulcorante deve-se optar pela variedade, de modo a evitar a acumulação no organismo, pois este não metaboliza estas substâncias. Contudo, elas têm de ser eliminadas, não evitando uma sobrecarga do fígado e dos rins.


Alguns dos adoçantes não calóricos comercializados estão associados a alguns efeitos secundários tóxicos ou são contra-indicados em certas patologias, como o ciclamato, o acessulfame de potássio e a sacarina nos hipertensos e doentes renais e o aspartame nos fenilcetonúricos.
De todos os adoçantes, aquele que parece ter menos efeitos secundários e contra-indicações é a sucralose. Esta é um derivado do açúcar, 600 vezes mais doce e que não fornece calorias na dieta. Vários estudos demonstram que pode ser consumida de maneira segura pelos diabéticos, assim como por toda a família, incluindo crianças e gestantes.

A Stevia é um adoçante natural com poder adoçante 200 a 300 vezes maior que o da sacarose, sendo o único adoçante de origem vegetal produzido à escala industrial. Tem sido demonstrado ser seguro o seu uso na alimentação, havendo alguns estudos que atribuem  a esta planta efeito protetor das caries dentárias, reguladoras da pressão arterial, diuréticas e reguladoras do nível de glicemia. Não foram detetados efeitos secundários, o sabor doce não é afetado pela temperatura, podendo ser utilizada em bebidas quentes e sobremesas como substituto do açúcar. Normalmente, é comercializada em associação com outros adoçantes, que disfarçam um certo sabor amargo residual.

Características dos edulcorantes em:
http://www.saudeemedicamentos.pt/edulcorantes.html
Viver com a diabetes em:
http://www.saudeemedicamentos.pt/diabetesdiaadia.html

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Repelentes de insetos - Qual o melhor?

Os repelentes de insetos são substâncias que, quando aplicadas sobre a pele, roupa ou superfícies, afetam os sentidos dos insetos, dificultando que estes reconheçam uma fonte de alimentação. Os ultrassons são, também, usados, apesar de não estar totalmente comprovada a sua eficácia.
Existe uma grande variedade de substâncias repelentes. As substâncias sintéticas são mais eficazes do que as naturais.
A maior parte dos repelentes não é aconselhável a crianças inferiores a 2 anos. Para estas idades deve preferir-se o uso de redes mosquiteiras ou de dispositivos como pulseiras ou patches que não entram em contacto com a pele. Embora, nestes últimos, a eficácia seja muito baixa.
Existem várias substâncias com propriedades repelentes de insetos. De entre todas, o DEET (N,N-dietil-m-toluamida) é considerado o repelente mais eficaz e com maior duração de ação. A Icaridina também é muito eficaz e pode ser utilizada em crianças a partir dos 6 meses. O IR3535 ou o Citriodiol são boas alternativas, sendo recomendados a partir dos 2 e 3 anos, respetivamente, enquanto os produtos à base de óleo de eucalipto e seus derivados  são indicados a partir dos 3 meses. A Citronela só seve ser usada em crianças com mais de 3 anos, evitando o contacto com a pele.
Nenhuma das substâncias existentes é segura para recém nascidos e crianças até aos 2 meses de idade.
Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o DEET e a Icaridina são os dois componentes ativos que conferem proteção contra os mosquitos em zonas tropicais.
Os ultrassons emitidos são desagradáveis para os mosquitos, mas não causam qualquer efeito indesejável nas pessoas, podendo ser usados em crianças muito pequenas com total segurança. No entanto, são ineficazes contra mosquitos de outras regiões não europeias.
Em países com risco de malária ou dengue, transmitidos por picadas de mosquitos portadores destas doenças, justifica-se usar um repelente com elevadas concentrações de DEET (50%).
O efeito dura em média  4 horas, mas pode variar com vários fatores como tomar banho, concentração do produto , etc.


domingo, 13 de agosto de 2017

Nebulizadores de compressão Vs ultrassónicos


Os nebulizadores são dispositivos médicos que se destinam à administração de medicamentos pela via respiratória. É um equipamento que permite a transformação de um medicamento líquido numa nuvem de partículas finas (aerossol) para que possa ser inalado diretamente para o interior dos pulmões através de uma máscara ou boquilha. Destinam-se, sobretudo, aos problemas do trato respiratório, como bronquite, asma, doença obstrutiva crónica (DPOC), sinusite e rinite.

Os medicamentos mais utilizados neste tipo de doenças são:

  • Brometo de ipratrópio (Atrovent®, Ipraxa®) – Broncodilatador anticolinérgico;
  • Brometo de ipratópio + Salbutamol (Combivent®, Ipramol®);
  • Sulfato de salbutamol (Ventilan®) – Broncodilatadores β-adrenérgico;
  • Budesonida (Budesonida Teva®, Pulmicort®) - Glucocorticóide;

Os broncodilatadores são usados nas crises, para aliviar os sintomas, enquanto que os corticóides são usados para evitar as crises.

Existem dois tipos de nebulizadores:

Nebulizadores de compressor ou a ar comprimido. A nebulização resulta da passagem do ar por orifícios que geram uma névoa, arrastando o líquido sob a forma de partículas muito pequenas. Neste tipo de nebulizador existem os de membrana, que são os mais económicos e, também os mais usados, mas têm o inconveniente de ser mais ruidosos e lentos. Os nebulizadores de êmbolo têm mais potência e, logo, fazem uma nebulização mais rápida.

Nebulizadores ultrassónicos. São a tecnologia mais recente. Nestes, um cristal converte o impulso elétrico em vibrações que exercem sobre o medicamento o mesmo efeito das ondas do mar ao bater nas rochas. As vibrações mecânicas rompem a tensão superficial da solução, formando micropartículas que são arrastadas pelo fluxo contínuo do ar.

Os ultrassónicos são pouco ruidosos e permitem fazer a inalação rápida em qualquer posição. É uma tecnologia mais recente e , por isso, menos económica.

A desvantagem é que não permitem a administração de todos os medicamentos, nomeadamente os glucocorticóides, porque o tamanho das partículas formadas, demasiado grandes, não permitem atingir os brônquios, ou porque ocorre a quebra da molécula, comprometendo a eficácia.

Os nebulizadores ultrassónicos são ideais para crianças, pois permitem fazer a terapia durante o sono, por serem relativamente silenciosos. São, também, indicados a crianças, porque os medicamentos mais utilizados nesta faixa etária são os broncodilatadores nas crises respiratórias ou simplesmente soro fisiológico para humidificar as vias aéreas. Permitem, ainda, uma administração rápida.